Associação de Cabos e Soldados Militares de PE questiona transferência de policiais do 5° BPM. Comando considera decisão “normal”
O fato causou surpresa para a Associação de Cabos e Soldados Militares de Pernambuco, entidade que representa a classe.
Segundo o representante da associação, sargento João Saraiva (foto), mais conhecido no meio como Sargento Saraiva, a decisão da PM não se justifica, sobretudo pelo fato de que os policiais que deixarão Petrolina estão entre os mais qualificados.
“O Alto Comando (da PM) ou o governo do estado podem até alegar que seja pela operacionalidade destes policiais, para ajudarem a combater a criminalidade na Região Metropolitana. Mas em Petrolina sabemos que os índices de violência também não são pequenos”, argumentou o sargento, lamentando também o fato de que a corporação não está enviando ninguém a Petrolina para suprir a ausência dos profissionais que estão saindo.
Sargento Saraiva disse ainda que todos os policiais remanejados são de Petrolina e têm residência fixa na cidade. Com a medida, terão de fazer outros custos na Região Metropolitana. Ele lembrou, inclusive, que um dos PMs vem cuidado há dois anos da esposa, que tem sérios problemas de saúde. “Se é uma hipoteca, se há diária, eles não foram comunicados se dejevam ou não ir”, informou o sargento, acrescentando que vai apelar até para as autoridades políticas e para a Câmara de Vereadores no intuito de evitar a decisão.
“Dentro da normalidade”
Procurado pela reportagem, o coronel Carlos Pereira informou que o procedimento da PM é absolutamente normal.
“Isso está dentro da normalidade. Policiais de Petrolina, Ouricuri, Santa Maria da Boa Vista foram convocados no mesmo sentido. É uma hipoteca e não tem nada de punitivo nisso. Recentemente até os comandantes foram mudados através de determinação superior”,esclareceu.
O coronel Carlos informou também que os policiais ainda não se apresentaram ao Comando da PM no Recife.
“Nenhum se apresentou ainda, todos alegando vários motivos superiores. O que acho é que devem cumprir a ordem, mostrar um bom desempenho operacional e aí pleitear o retorno ao batalhão em um procedimento normal. O entendimento da associação não ajuda, seria mais prudente acatar a determinação e depois voltar ao batalhão onde estão lotados”,finalizou.
Carlos Britto,Da Redação - Sentosenoticias.com
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