ALEGRIA E DESENCONTRO MARCAM A ABERTURA DO CARNAVAL DE JUAZEIRO
A abertura do carnaval de Juazeiro noite passada (02) registrou momentos empolgantes com a passagem de alguns nomes da consagrada música baiana (axé) tipo o encontro da Timbalada com Xexeu no camarote do Pernalonga, Harmonia do samba com o cativante Xanddy e a Banda Mirage sob a liderança de Paulinho. Mas também apontou alguns contratempos. Inicialmente, a demora na passagem do primeiro trio que trazia o Rei Momo (Max Moura), a Rainha Ruane Tayná, as princesas e autoridades deixou uma multidão na Avenida Adolfo Viana ansiosa.
Com o desfile das principais atrações o público se esbaldou em alegria. O maior desencontro aconteceu nos camarotes. A imprensa regional que se cadastrou a pedido da própria Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Juazeiro não recebeu as credenciais e orientada pelo Assessor Raphael Leal para apresentar a identidade funcional dos veículos de comunicação foi barrada na portaria. Todos os veículos indistintamente. O problema só foi sanado depois da interferência do cunhado do prefeito (Plácido), do Secretário Paulo Bonfim e da vice-prefeita, Maria Goréti.
Mais tarde, já no camarote oficial, a jornalista Karine Paixão da Grande Rio FM teria abordada de forma grosseira pelo titular da pasta de comunicação Fernando Veloso, conforme histórico relatado pelo jornalista Wellington Junior:
O destempero de um assessor
Por Welington Júnior, Jornalista
Censurar a imprensa parece que está virando moda no Vale. Os que pensam que tem o poder pensam, também, que podem dominar uma imprensa que, historicamente, é pautada na liberdade e na ética.
O cerceamento, desta vez, não foi em forma de processo e, sim, direta e objetiva.
Tentando cumprir o seu papel social, jornalistas estavam fazendo uma entrevista sobre as festividades momescas com o ex-deputado e atual chefe de gabinete, Pedro Alcântara, quando foram abordados de forma grosseira e destemperada pelo assessor de comunicação da instituição pública, organizadora da festa eleitoreira.
Com palavras de baixo calão e proferindo ‘graças’, o comunicador, que arrota 30 anos de profissão – neste currículo vamos incluir a criação de “políticos” e governadores cassados – agrediu a jornalista Karine Paixão do programa Nossa Voz, da Grande Rio FM. Vale salientar que o trabalho desenvolvido pelas meninas (Neya Gonçalves, Paula Theotônio e Monia Ramos) é de extrema ética e profissionalismo reconhecido pelos meios políticos e, principalmente, pelo público, visto os altos números de audiência.
Sem respeitar a condição de profissional e mulher, o assessor questionava todo o tempo à formação e o trabalho desenvolvido. A situação ficou muito constrangedora que seu assessorado – um dos “políticos” criado por ele – interveio em favor da jornalista.
Interpelado se ele concordava com a atitude do seu assessor, o assessorado preferiu o silêncio. Segundo o dito popular… Quem cala, consente. Desta forma, pode entender que o “político” deu clara resposta de que era a favor das práticas antiéticas e destemperadas de seu subordinado.
Para refrescar a memória dessa dupla é bom lembrar que vocês estão no poder e, graças a Deus, não são o poder.
Parafraseando Mário Quinta, “todos estes que aí estão atravancando o meu caminho, eles passarão. Eu passarinho!”, quero externar toda a minha indignação com esse episódio e dizer que nós, jornalistas, não devemos nunca nos curvar perante as diversidades.
Avante!!!
Fernando Veloso em contato com o blog disse que vai dar a sua versão sobre o ocorrido.
Da Redação - Sentosenoticias.com
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