Sento-Sé: Comunidades ribeirinhas sofrem com a falta d’água
Com a vazão do lago de Sobradinho, que hoje está com apenas 19% de sua capacidade, várias comunidades ribeirinhas de Sento-Sé estão sofrendo com a escassez de água até para o consumo humano. Em localidades como Piçarrão, Retiro de Cima, Ponta D´àgua, Riacho dos Paes, Itapera, Traíras, Pau D`arco e Manoelzinho, o rio se distanciou até 12 km dos reservatórios, deixando a população sem o liquido precioso. Esse problema se repete ano após ano, e nunca se adotou medidas efetivamente capazes de resolver. Há quase dois anos a CODEVASF (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba), iniciou a construção de 26 sistemas de abastecimento de água através do programa Água Para Todos, justificando ser a solução definitiva, mas até agora não foram inaugurados. De acordo com os ribeirinhos, a obra será mais um elefante branco no sertão, pois o projeto foi mal elaborado e não corresponde à realidade regional. Os locais projetados para captarem a água estão secos, e não tem como funcionar, será necessário esperar o rio encher novamente para poder entrar em operação, demonstrando incapacidade na solução do problema, que se repetirá na próxima vazão do lago. A situação se agrava a cada dia que passa. Nos povoados Retiro de Cima e Tombador, a prefeitura construiu canais de aproximação para minimizar a problemática, mas já não é suficiente para atender a demanda dos moradores. Por causa da seca, a prefeitura decretou situação de emergência, e algumas comunidades estão sendo abastecidas através do carro pipa, que não é suficiente para garantir o abastecimento. Sem o auxilio do Estado e da União a prefeitura está comprometendo o orçamento municipal no combate a falta d`agua. Se não aumentar o nível do rio São Francisco nos próximos dias, haverá desabastecimento generalizado na borda do lago. O rio Jacaré ou Vereda do Romão Gramacho é o principal afluente do São Francisco em Sento-Sé e berçário natural de aves e peixes, tem mais de 35 km de seu leito perenizados pela barragem de sobradinho, mais está praticamente morto. Quem vive às suas margens clama por água e alimentos.
Fonte: ascom/pmss
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